Jair Bolsonaro teve a oportunidade de colocar o Brasil na liderança segura dos países sul-americanos em relação à prevenção e profilaxia da COVID-19. Ao invés disso, isolou-se em uma posição de birra, fazendo piadas e pouco caso da gravidade da situação.
O presidente desenvolveu uma teoria isolada de que há uma conspiração para maximizar os efeitos do vírus e desconsiderou as reivindicações da população, que vê e sente o avanço da pandemia em território nacional, provocando, inclusive, as primeiras vítimas fatais.
Bolsonaro tem demonstrado insensibilidade e incapacidade de sintonia com o povo. Suas palavras de descaso não passam segurança, pelo contrário, demonstram desprezo pela população. Nenhuma ação emergencial foi tomada no sentido de fazer com que o povo sinta a força e a vontade do governo em combater o mal.
Agora, diante das manifestações contrárias, tenta tomar algumas providências que, por mais bem intencionadas que sejam, soam apenas como paliativo para um ano de eleições. As poucas ações do governo demonstram desinteresse e o sentimento popular é que estamos abandonados à própria sorte.
Não há hospitais, não há leitos, não há testes, não há vontade. Só há birra.
Não há hospitais, não há leitos, não há testes, não há vontade. Só há birra.
E esse estado de abandono está sendo corroborado pelas falas e falta de ações dos seus ministros, secretários e especialistas, que tripudiaram sobre uma realidade sombria, atribuindo o título de 'gripezinha' a uma doença potencialmente fatal que se alastra pelo mundo, ceifando vidas e destruindo economias.
A indisponibilidade dos testes em massa não é apenas uma questão logística e de produção. É consequência do descaso e da falta de comprometimento de quem, nos primeiros dias da pandemia, ignorou todos os avisos e contou com a sorte. Agora, realmente, já é tarde. Mas em janeiro era o tempo ideal e oportuno para se dar a partida na preparação.
Bolsonaro não percebeu que a ação de liderar se faz sobretudo pelo bom exemplo e pela solidariedade com os liderados. Se ele não tem essa sintonia, então ele é apenas um 'chefe' obstinado tentando fazer valer a sua opinião.
Agora, o Coronavírus se instalou no governo, abriu brechas e expôs o pior lado do presidente Bolsonaro: ele não se importa com as pessoas.
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