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09/01/2020

No Irã, as mulheres tem os braços amarrados para que não possam proteger rosto contra as pedradas

Em sua coluna no portal R7, o jornalista Augusto Nunes revela que a macabra lei do apedrejamento adotada no irã desde 1983, trata as mulheres com crueldade ainda mais aterrorizante: elas tem os braços amarrados para que não possam defender o rosto das pedradas.
No Irã, as mulheres tem os braços amarrados para que não possam proteger rosto contra as pedradas

Ele conta a saga de Sakineh Mohammadi Ashtiani, viúva de 43 anos presa por adultério, punida com 99 chibatadas e condenada à morte por apedrejamento. Leia:

Os homens são enterrados na areia até a cintura e ficam com os braços livres para tentativas de proteger o rosto. Sakineh não desfrutaria desse privilégio. As mulheres são enterradas até a altura do busto, com as mãos amarradas por cordas e o corpo enrolado num tecido branco.

O grupo de executores, liderado pelo juiz que assinou a sentença, inclui os jurados que ordenaram a condenação, parentes da vítima, figurões da comunidade e voluntários. Todos são homens: no Irã, mulheres não apedrejam; só podem ser apedrejadas.

Para que a plateia não se sinta frustrada pela morte rápida, as pedras que circundam a condenada são menores. O juiz atira a primeira [Os espectadores têm permissão para atacar em seguida]. A agonia que se encerra com o traumatismo craniano não dura menos que uma hora.
[R7]



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